O Whatsapp da vez
Sabemos que todos vocês já estão familiarizados com o aplicativo Whatsapp, e o quanto esta ferramenta tecnológica é um marco para o desenvolvimento da comunicação em tempo real. Além, é claro, de proporcionar a comunhão de momentos cotidianos tão especiais de nossas famílias, que se eternizam em milhares de belas fotos pelos caminhos digitais de compartilhamento.
Este aplicativo estreita espaços e aperfeiçoa o tempo que levávamos para nos conectarmos uns aos outros e o quanto, através dele, somos capazes de certificar a segurança física e moral de nossas crianças e adolescentes ao alcance de nossos dedos. Basta um toque para que compartilhemos nossa localização ou possamos lançar uma discussão sobre algum tema e é possível ainda realizarmos enquetes ou tirar qualquer dúvida sobre o cotidiano escolar deles, que crescem na mesma velocidade do próprio desenvolvimento tecnológico de nosso mundo.
Lançando mão desta oportunidade, refletiremos brevemente sobre um assunto de grande importância e participação frequente no cotidiano dos grupos de Whatsapp: os conflitos. É natural que eles existam, eles significam que estamos vivos e que somos capazes de nos comunicar. Com o jovem, não seria diferente. Eles, que há tão pouco tempo experimentam a vida, e a vão delineando a partir das relações, e os conflitos são: nada mais nada menos, que as fronteiras com que nos deparamos e que usamos como referência para dar forma as nossas experiências. É pela existência dos conflitos que aprendemos os distintos modelos de solução. São verdadeiras oportunidades de esculpirmos nosso caráter moral e psicológico. É onde compreendemos valores imprescindíveis como: respeito, adaptabilidade, amor, amizade, dedicação, cuidado, convívio, liderança, carisma, entre outros. E é somente no espaço escolar que podemos vivenciar diferentes naturezas de conflitos, sem nos prejudicarmos verdadeiramente, e simulando a vida com a proteção da escola, os prepararemos de fato para a fase adulta.
Não deixem então de entender, pacientemente, que este ambiente dos conflitos, poderá ser vivido pelos alunos e que, apesar de sabermos ou querermos muitas vezes dar todas as resoluções que já conhecemos pela nossa própria experiência de adultos, a vivência é intransferível. Se tomarmos a frente, roubaremos deles, esta chance do seu próprio desenvolvimento, além de nos indispormos com outros pais, que são nossos comparsas, nossos cúmplices nesta árdua, porém não menos gratificante, tarefa de educar.
Educar, este verbo transitivo direto que significa dar a alguém todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade, que vem do latim educare e que representa literalmente: “conduzir para fora” ou “direcionar para fora”. Preparemo-los para o mundo! Contamos com vocês.